Era uma vez um lindo príncipe que, por sua arrogância e vaidade, foi transformado em fera por uma feiticeira. O encanto apenas seria quebrado quando ele amasse e fosse amado verdadeiramente, o que deveria acontecer antes da última pétala da rosa encantada cair.
Era uma vez uma Bela que teve medo da Fera, mas ele foi carinhoso e gentil. Esforçou-se muito para que ela o deixasse entrar em sua vida. Ela deixou. Entregou-se por inteiro e permitiu que ele se envolvesse no que tinha de mais precioso: sua família.
Por trás da Fera existia uma pessoa doce e cheia de potencialidades. Mas, por fora, era mesmo um animal meio rude e arredio. Mas isso era só às vezes.
Bela acreditava nas pessoas e acreditava quando a Fera falava sobre o quanto queria amar e ser amado por ela. Outras belas haviam estado por ali e ele demonstrara incapacidade de fazê-lo. Mas pediu que ela ficasse, disse que seria diferente. E ela ficou.
Ela não entendia: se ela o amava verdadeiramente e ele dizia sentir o mesmo, por que ele ainda vestia a imagem de Fera? Alguma coisa não fazia sentido.
De repente, quando tudo parecia estar caminhando para o final feliz, a rosa encantada começou a murchar. Bela desesperou-se, mas deixou que a Fera fizesse as coisas ao seu modo.
Mais uma vez, ele pediu que ela não o deixasse, que compreendesse, que provasse o seu amor. Ela esperou.
Só que, alguns dias depois, a última pétala caiu. E enquanto Bela ainda chorava a visão da pétala caída ao chão, ouviu verdades que a Fera lhe escondera.
Chorou ainda mais. Fera, dominada pelos sentimentos mais baixos, rasgou o peito de Bela com suas garras e arrancou seu coração. Talvez pretendesse mantê-lo com ele. Ou talvez quisesse apenas causar ainda mais dor.
Bela, sangrando, apoiou-se nos amigos que lhe estendiam a mão e tomou seu coração de volta: "Você não terá mais nada do que é meu!"
Bela costurou o coração dentro do peito e ele continuou batendo, porque ela era mais forte que tudo aquilo.
E a Fera não deveria ter morrido? Bem, de certa forma ele morreu...