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Eu e Amanda, setembro/2011 |
É dia das crianças e minha filha não está comigo: está viajando de férias com o pai.
Em princípio, penso que crianças de quatro anos de idade nunca deveriam ficar três semanas longe da mãe. No entanto, quando ouço a alegria na voz dela toda vez que nos falamos ao telefone, lembro-me da flecha que voa - tão brilhantemente posta em palavras por Gibran Khalil Gibran em "Dos Filhos" (leia ao final deste post).
E por falar em filhos, hoje me emocionei ao assistir A História de Lilinho, filme publicitário da Panvel que compartilho com vocês abaixo. Se você é mãe ou pai, assista. Se você é filha ou filho, assista.
"Sempre que possível, interfere: nada precisa ser como é."
Dos Filhos
Gibran Khalil GibranE uma mulher que carregava o filho nos braços disse: “Fala-nos dos filhos.”
E ele disse:
Vossos filhos não são vossos filhos.
São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E, embora vivam convosco, a vós não pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Pois eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis faze-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois o arco dos quais vossos filhos, quais setas vivas, são arremessados.
O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com Sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do Arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco, que permanece estável.